terça-feira, 29 de abril de 2008

MEDICAMENTOS GENÉRICOS

O que é um medicamento genérico?
O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país, apresentando a mesma segurança que o medicamento de referência no país podendo, com este, ser intercambiável. A intercambialidade, ou seja, a segura substituição do medicamento de referência pelo seu genérico, é assegurada por testes de bioequivalência apresentados à
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde. Essa intercambialidade somente poderá ser realizada pelo farmacêutico responsável, pela farmácia ou drogaria e deverá ser registrada na receita médica


Quais as vantagens dos medicamentos genéricos?
* Oferecer à população medicamentos de melhor qualidade, mais seguros e eficazes, comprovados através da realização de testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência;

*Disponibilizar medicamentos de menor preço, visto que os fabricantes de genéricos não precisam investir em pesquisa para o seu desenvolvimento e nem em propaganda;
* Reduzir os preços dos medicamentos de referência, com a entrada de medicamentos concorrentes (genéricos);
* Contribuir para aumento do acesso aos medicamentos;
* Fortalecer a indústria nacional;
* Mudar o comportamento dos profissionais de saúde (prescritores e dispensadores);
* Proporcionar o desenvolvimento tecnológico das indústrias e, conseqüentemente, do país.


Por que os medicamentos genéricos são mais baratos?
Porque os fabricantes de medicamentos genéricos copiam um determinado medicamento - não necessitam fazer investimentos em pesquisas para o seu desenvolvimento - visto que as formulações já estão definidas pelos medicamentos de referência e que servirão de parâmetro para a fabricação. Além disso, os fabricantes de medicamentos genéricos não necessitam fazer propaganda, pois não há marca a ser divulgada, o que também reduz os custos do medicamento.



Como garantir a qualidade dos medicamentos genéricos?
Os genéricos possuem a mesma qualidade dos medicamentos de referência, visto que são realizados testes de equivalência farmacêutica e de bioequivalência, previamente à concessão do registro pela Anvisa. Esses testes são realizados em laboratórios de instituições como USP (Universidade de São Paulo), UNICAMP (Universidade de Campinas), UFC (Universidade Federal do Ceará), Santa Casa do Rio de Janeiro e outras. Informações adicionais podem ser obtidas na sessão
"Centros de Bioequivalência" e "Laboratórios e Centros habilitados - Equivalência Farmacêutica". O responsável pela garantia da qualidade do medicamento é o fabricante. Compete à Anvisa monitorar a qualidade assegurada pelo fabricante e as condições de bioequivalência, através de inspeções sanitárias sistemáticas.

MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS


Os fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais. Eles são obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros). Não é objeto de registro como medicamento fitoterápico, planta medicinal ou suas partes, após processos de coleta, estabilização e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada.
Os fitoterápicos, assim como todos os medicamentos, devem oferecer garantia de qualidade, ter efeitos terapêuticos comprovados, composição padronizada e segurança de uso para a população.
A eficácia e a segurança devem ser validadas através de levantamentos etnofarmacológicos, documentações tecnocientíficas em bibliografia e/ou publicações indexadas e/ou estudos farmacológicos e toxicológicos pré-clínicos e clínicos.
A qualidade deve ser alcançada mediante o controle das matérias-primas, do produto acabado, materiais de embalagem, formulação farmacêutica e estudos de estabilidade.

TERAPIA BIOLÓGICA DA ARTRITE REUMATÓIDE

Definição de agentes biológicos: Os biológicos são uma nova classe de medicações que tem sido utilizadas na prática clínica desde 1998, e já foram ministrados para mais de 600.000 pessoas em todo o mundo, portadores de doenças que antes do desenvolvimento dessas drogas não tinham outras opções. Essa nova classe de agentes terapêuticos, obtidos por engenharia genética reproduzem os efeitos de substâncias já existentes em nosso organismo fabricadas por nosso sistema imune, atuando diretamente no processo inflamatório. Nesse processo ocorrem uma sucessão de eventos que atuam em cadeia nos quais estão envolvidos varias moléculas, entre elas as citocinas que são pequenas e potentes proteínas que possuem receptores que podem receber substâncias que a neutralizam. Foram identificadas quatro grandes famílias,entre elas a IL-1 ( interleucina -1) e o TNF ( fator de necrose tumoral ) alfa e beta. Elas são produzidas por diferentes células. O TNF-alfa não é detectável no plasma de indivíduos normais, mas está elevado em várias doenças auto-imunes e inflamatórias com amplo espectro de ação se associando a anemia, caquexia e febre.
Como funcionam estes agentes: Os biológicos atualmente disponíveis agem como inibidores dos receptores das citocinas IL-1 e TNF .Como acima exposto são produzidas por muitas das células do organismo que estimulam outras células do sistema imunológico. A interleucina –1 e o (TNF)-fator de necrose tumoral são produzidos em grande quantidade na artrite reumatoide, artrite psoriática, espondilite anquilosante e outras doenças inflamatórias em outros sistemas, como a doença de Crohn. Nestas patologias o TNF ou IL-1 atuam amplificando a inflamação a semelhança do efeito que seria obtido com colocação”de gasolina no fogo” . Na artrite reumatoide, por exemplo , o TNF ou IL-1 são a “ gasolina” na articulação, aumentando o “ incêndio” ou seja , amplificam a resposta inflamatória.
Logo, a terapia biológica visa romper a cadeia inflamatória, atuando especificamente em algum elo que participa desta corrente, rompendo o mesmo, permitindo controlar os sintomas decorrentes da inflamação, com melhoria na qualidade de vida dos pacientes.